segunda-feira, 22 de agosto de 2011

ESTRANHO QUARTO

Em, 22.08.11
Da janela lateral
Do meu quarto de dormir
Vejo uma antiga igreja
Avisto o caramanchão
Que está quase indo ao chão
Sinto um cheiro de jasmim
Do lado de cá do jardim
Avisto uma avenida movimentada
A todo o momento ouço freadas
Avisto o portão de ferro, todo enferrujado
Vejo um poste iluminado com a luz quase apagando
Comtemplo o voo de uma ave noturna
Procuro entre os meus mil olhares
Um belo luar no céu...
Parece um breu, nem lua, nem luar.
Nem estrelas, seu bordado a mostrar
Acho que não era o dia dela aparecer aqui
Meu quarto é antigo, de tábua escura corrida
Com muita coisa ali e a decoração muito antiga
Tem até penteadeira, porta-chapéus
Um guarda-roupas, que foi da minha avó
Com um espelho bem grande, ali na porta do meio
Tudo que ninguém quer, põe no quarto da Mazé...
Parece até um museu, aquele reduto esquisito
Cortinas rendadas, colcha de crochê...
Tem uma velha estante, cheinha de livros antigos
Tem um tal NOVA SELETA, li uns poemas bonitos
Vocês precisam ver para crer, a belezura que enfeita
O teto do meu castelo, um belo lustre de cristal de época
E na hora que o sol bate, parece até arco-íris...
Demoro a dormir à noite, o problema é a saudade
Que o meu SER é invadido parece até que é maldade
À noite sempre piora, por não está do meu lado
O amor que eu tanto busquei e até que enfim encontrei



Nenhum comentário:

Postar um comentário