quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

TRISTEZA DE UM SER QUE SÓ SONHA


NOV/2012

De lindos matizes, cobria o céu um grande e fugaz arco-íris. Nuvens fofinhas de carneirinhos, o adornavam como a um altar e o deixavam mais do que perfeito. Lindo de se admirar! Maravilhoso!

Uma chuvinha fina, o encobria para que pudéssemos contemplar as minúsculas gotas que atravessadas pelos raios, explodissem nesse espetacular e colorido arco-íris!

Reinava o sol no horizonte, espargindo raios dourados de poder e soberania! Nada mais lindo havia do que esse amanhecer.

O sol um pouco encoberto surgia lindamente e avisava que era a hora de acordar, de parar de sonhar. Acordava a todos para a vida.

Pulei da cama meio sonolenta, pois tinha algo importante para fazer. Preciso dizer ao homem a quem amo que de sonhos não se pode viver...

Por que tanta insegurança e obstinação? O que se passa nesse coração? Parece que engravida de palavras que destroem o ser SER... sonha mas não encontra a receita para executar algo com o qual sonhou, e fica restrito ao mundo irreal.

Nem se permite continuar a falar no plural e dizer o que sente em seu lindo coração, pois a resistência é maior, do que todas as verdades que habitam a sua mente.

É o imperador dos sonhos, pois só assim faz seus castelos, desmancha-os, os constrói em outros locais, enchem-nos de princesas e duendes, fadas e sereias, tudo fácil de voar, pois nem alicerces têm! Quando cansa daquele ambiente, parte logo para outro sonho.

É assim, de sonho em sonho, que vive o meu poeta, aquele que não sabe viver, que só convive bem com a sua própria imaginação e que só sabe sonhar, pois essa é a sua maior aspiração.

Preciso só relembrar que nesses sonhos mirabolantes, pessoas são envolvidas e seduzidas nessas pequenas e grandes aventuras, e que as entristece com esse sonhar inconstante e algumas até se perdem... se perdem no seu sonhar.

 

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