E
o passar da vida é quase igual ao cantar. Usa-se um pentagrama com todas as
notas que há! São recursos e dons que Deus nos dá.
Às
vezes ecoa um canto dolente como o dos boiadeiros ou surge como o banzo, como o
faziam os escravos, cheinhos de saudades. Todas as cores e diversidades do
canto, representam as minhas vontades.
Em
algum momento um canto eclode, rico em harmonia, cheio de bemóis e sustenidos
(quando estou amando), que dá gosto aos meus ouvidos.
Juntos,
eu e o meu violão, dedilhamos um pouco de tudo: alegrias e tristezas, sonhos e
desencantos, aqueles não realizados que ficaram nas quinas e nos cantos da
minha vida.
Sonhos
represados, não realizados, representam tortura! As palavras fazem o encanto do
canto, da melodia... Podem ser de amor e dor e povoam os sentimentos que ficam
abarrotados de desencantos.
Com
o tempo a passar, a gente começa a marcar um compasso diferente, que nem sempre
agrada a gente. É mais lento, menos impulsivo, mas que pode ser curtido da
forma melhor que há!
Não
devemos deixar de sonhar, deixar os sonhos para lá, mesmo se nos fizerem
sofrer, pois carregam em si, uma riqueza chamada ESPERANÇA.
Hoje
permeiam meus sonhos, um cheiro de saudade, de tons e sons diferenciados. Creio
que seja um aviso para que eu deixe de ser passatempo, cuide melhor do meu
tempo, execute melhor o meu canto e parta para uma magistral melodia...Quem
sabe eu não faça da vida uma linda sinfonia?
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