domingo, 31 de julho de 2011

CHUVA DO BEM QUERER

Em,31.07.11
Foi um lindo sonho
Daqueles que não se quer acordar
Eram tantos os desejos, apelos
Tanta  coisa se querendo
Que por mais que desse tempo
O tempo seria pouco
A sorte é que no sonho
Espaço e tempo
Não são bem definidos não
Posso fazer contigo
Em apenas dois minutos
O que quando acordarmos
Levaremos pelos menos umas duas horas
Tanto é bom sonhando
Mas é melhor acordado
Olhando esses olhos de luz
Sentindo teu corpo vibrar
Meu corpo respondendo com ardor
Aos desejos acumulados
Durante os tempos passados
O suar banhando os corpos
Num espelho, vejo a nossa entrega
Ardente, compassada, ritmada
Sem escondermos nada
Dando-nos sempre o tudo
Mãos se afagando
Bocas percorrendo
Lugares bem prazerosos
Os quais apesar de sabermos
Gostamos de perguntar
E em meio a cada resposta
Mais enroscados ficamos
Nossos corpos convulsionando
Parece que estamos achando
O céu naquele lugar
Eu te peço pra esperar
Tu fazes o que pedi
Depois me pedes ao ouvido
Depressa, meu bem
Eu acho que vou explodir
Mas isso faremos juntos
Estou teu tempo a esperar
Quero banhar-te do meu, do teu
Enfim de tudo o que tem...
A chuva do bem querer.

EU E ELE

Em,31.07.11
Nasci de um homem,
De grande talento
musical
Cantava como um canário
E era um ponto de luz
Lembro, olhei bem os seus olhos
De uma cor primorosa
Eram de um castanho mel
Ímpar no seu existir
Eu contemplava o olhar
Tão limpo, tão cristalino
Ah! se eu já  soubesse dizer
Embalada por seu canto
Era a princesa da casa
Que o pai põe pra dormir
Com melodiosas valsas
Com frases tão primorosas
Da minha memória não deixo sair
De versos cobriu meu berço
E mesmo quando partiu...
Ninguém me deixou esquecer
Aquilo que ele cantava
Era um patrimônio...
Que eu sempre cultivei
Com música fui crescendo
De sonhos me alimentando
Eu com a arte que herdei
Plantei e reguei meu jardim
Arrumadinho de flores
Que eram os meus mil amores
E fiz rimas para mim
Divulgo com o meu cantar
A emoção de muitos compositores
Faço versos de rimas tortas
Mas isso é o que menos importa
Pois que vêm da minha paixão
Pra minimizar as penas
Que assombram meu coração



ORAÇÃO

Em,31.07.11
Que o meu corpo
e alma se acalmem,
Para que eu possa ajudar-te
a superar o que passas!
Que Deus me dê,
A tranquilidade que eu preciso,
para poder fazer isso...
Acredito no AMOR,
no teu, no meu,
no Nosso!
Que eu saiba
desaparecer,
quando for melhor
pra você!
Que eu não o faças sofrer,
Para que possas aprender!
E, nunca saia da minha boca,
Palavras pra te ferir,
te agredir...
Por último quero pedir,
Que não te afastes de mim!
Depositas em minhas mãos,
Todo o que mais te incomoda,
te provoca e o faz ficar assim.
Acolherei com prazer,
Certamente eu farei,
tudo que é pérfido
desaparecer...
O que é bom florescer,
Devolvendo-te o brilho
Que a tua vida deve ter!
Sem uma marca de pranto
E sem nenhum desencanto,
Isso tudo é o que espero,
E por isso REZO tanto.


GANGORRA

Em,31.07.11
A vida dá
A vida tira
Ela empresta
Ela retira
Olho no olho
Vida na vida
Às vezes balança
Noutras alcança
E quando derruba?
Sopro de ar
Brisa do mar
Ares do céu
Sonho de papel
Sorrir bastante
Chorar outro tanto
Saber escolher
Pra não se arrepender
Saber decidir
Pra ir e não vir
Ter segurança
Muita esperança
Tudo de bom
Morará em ti
Sejamos felizes
Também aprendizes
Porque por um triz
Não erraste de vez
Buscando talvez
Fugir de um amor
Que está aí
No seu coração
Acredito em ti

Não quero perdê-lo não.



sábado, 30 de julho de 2011

O DOCE DA NOSSA LÍNGUA

Em,30.07.11
Existem em nossa língua
palavras que são únicas,
Não existem em outras,
Eu só sei que elas são tantas,
E dizem exatamente
O que queremos dizer
Expressam o nosso SER
E nossa maneira de ser.
Quando eu me reporto
 à “saudade”,
não é só sentir a falta,
Falo da que maltrata,
Daquela que arde e dói
quando tão longe estamos,
daquele a quem
dedicamos a tal palavra
“SAUDADE”.
Essa língua é também pródiga,
Em palavras adocicadas...
Até porque muito
misturamos o sentir, com o paladar,
Com o comer!
Os sabores da nossa cozinha,
São transportados pro dizer!
Que fulano é tão doce...
Referimo-nos ai, ao educado,
atencioso e a outros preciosismos!
Assim, a palavra TERNO,
que nos remete à ternura,
doçura, formosura...
Todas elas maravilhosas,
Se bem aplicadas forem,
Pra cobrimos de carinhos,
Pessoas a quem gostamos.
Ser “TERNO” é emocionar de modo suave,
E desse jeito ele faz,
Quando sussurra de mansinho,
Palavras com tanto carinho...
Ele é assim, delicado e meigo,
Fico a buscar na mente,
Pra de qualquer jeito achar
Mas não encontro,
Palavras com tanto encanto,
Que eu queira pronunciar,
Pra aquele que sabe usá-las,
Bem colocadas demais...
Penso vou ter que criá-las,
Só para ele e para mim.

SERENIZE-SE

Em, 30.07.11
Penso que as intenções ,
Só ocorrem quando o medo
passa
esfumaça
escasseia.
Durante a vida inteira,
As decisões
encheram-nos de medo,
arrastaram-nos aos becos,
das desolações...
Desde as mais simples,
Até as mais complexas,
tirando-nos a paz,
deixando-nos à descoberto!
ÀS vezes felizes pela escolha
feita...
Noutras o desespero
Corroendo a alma,
pela escolha incerta!
isso é o livre arbítrio, sempre
concedido para permitir
que o próprio homem...
assuma o que decidir.
Quanto menores tornarmos
Essa tais indecisões,
Maior é a capacidade
De agirmos com acerto
Nas chamadas decisões.
Querido, nunca ninguém
Me fará menos alada
Do que o destino traçou!
Principalmente você,
Que sempre me ajudou
A aprender a voar...
Debaixo da tua asa!
Eu nunca tive receios,
Com muita calma e carinho,
Levaste-me aos picos mais altos,
Vi lindos desfiladeiros,
Rios que lá do alto,
Pareciam uma fitinha!
Vivi sensações tamanhas,
Que eu só as vivenciei,
Pois estavas sempre
A segurar a minh'asa.
Nosso reencontro maior,
Foi com os nossos sentimentos,
Era angústia demais,
Porém estávamos atentos
e percebemos a tempo,
que não podíamos perder tempo,
do nosso já tão curto tempo.
Tínhamos que recomeçar nosso amor!
Essa fase de namoro
Tem surpresas e alegrias,
Nós já estamos maduros,
Para nos deixarmos levar
Pela poeira do tempo.
Mais parece alquimia,
Vamos nos tornando unos,
Quanto mais nos misturamos,
Até a minha poesia,
Ficou parecida com a tua,
Sendo você o mestre,
E eu uma aprendiz rebelde.
Meu querido,
Eu já estive ansiosa,
Agora não estou mais não!
Você não deve ficar...
O que nos permitimos até agora,
Foi a construção desse amor...
O alicerce está seguro,
Nenhum perigo há.
Agora eu sei, tenho certeza,
Que o nosso amor é “granito”
Não corre nenhum perigo,
Resiste a qualquer atrito,
Esperaremos um ao outro,
o tempo que for preciso.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

SERENIDADE NO AMAR

Em,29.07.11
Quisera eu estar aí
para desfrutar de tudo
Quanto dissestes pra mim,
Tão carinhosas palavras,
Repletas de sentimento,
Podes crer, não sei se aguento,
Ficar tão longe de ti!
É a primeira vez
que experimento,
nosso amor calminho assim...
Tão sereno, tão ameno
Ao mesmo tempo ardente
e quente...é melhor que
Ninguém tente...
Conseguir um amor assim
É uma dádiva do céu,
Que resolveu reunir,
Eu, você e esse amor de paz.
Nosso amor é de ternura,
De loucura e fantasia,
De doçura e alegria!
Hoje eu vivenciei,
Ser querida e desejada,
Amada e acarinhada,
Sabendo que você querido
é o responsável total,
por tanta felicidade!
Meu universo é você,
Em você é que eu me acho,
Por você é que eu me perco,
Faço desse mundo um sonho,
Misturado com os teus...
Por você eu quero ser,
Cada vez mais e melhor,
Pois é o que mereces ter!
Um dia, relaxarei em teu colo,
Certamente dormirei,
Se você me acordar,
Só deixarei que o faças,
Se for pra me amar de novo.

UMA CENA

Em,29.07.11
É incrível que ele não apareça
Para compor essa cena
tão pequena
Que deveria está completa:
Uma poetisa
Uma lareira
Um fogo ardendo
Um vinho
Duas taças a brilhar
Sobre a mesinha
No chão, nada que chame a atenção
Ao lado da cama
Vestígios de um carinho
De alguns dias talvez
Ela teve a impressão
De que a qualquer momento
Ia irromper pela porta
Seu amor trazendo-lhe um beijo
Compartilharia o resto daquela lenha
Que ainda queima fraca porém viva
Para que a poetisa
então não se reprima
E exploda em verso
Aquilo que lhe oprime
Só que a chama
agora se apagou
Todo o universo
Preparado se desfez
E numa prece ainda prematura
A poetisa jura
Não amará outra vez

BESAME

Em,29.07.11
Observando,
Determinadas palavras
ficam mais belas,
Parecem dizer melhor,
em outros idiomas!
Tornam-se aveludadas,
Delicadas,
Não há quem resista a um “besame”!
Hoje o ficar,
Findou o encanto do beijo,
Transformou-se em uma
lista deles,
Dados a desconhecidos,
Não tendo o menor sentido!
É emoção feita a gritos,
Cortando a carne a facão,
Não tem a menor sensação,
E a herpes labial sempre,
Um temido efeito colateral!
Mas, deixemos isso de lado,
Tudo em ordem considerado.
Beijar é um contato íntimo
e gostoso,
Saborear caju docinho,
Fazer o seu amorzinho,
Descobrir afinal a que se destina,
Um beijo doce,
Olhando-se nas retinas,
Um beijo desejado,
E enfim concretizado.

RITUAL

Em,29.07.11
Um banho morno
Cheiro de lavanda
Camisola de algodão
Fresca
Lençóis perfumados
E macios
Colchão largo
Um infinidade de travesseiros
Um som fazendo o contraponto
Com o silêncio
Creme passado no corpo
Luz apropriada para ler
Um livro na cabeceira
Agora, sim!
Tudo pronto...
Leu umas duas páginas
Estava cansada!
No escuro
Na cama
Busca a posição certa
Não a que o ortopedista
Recomendara!
Fica de bruços
De lado, de costas
Move-se
Até que braços e pernas
Encontram a forma do sono
Adentra seu corpo
E lentamente
Sente...
O sono  chegando finalmente.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

FLOR RAINHA

29.07.11
Branca é a gardênia
Como a garça
Seu perfume é cantado
Em versos apaixonados
Marca com seu olor
Vários amores
Fluem continuamente
Seus olores
Aumentando os ardores
Dos enamorados
Pétalas que lembram plumas
Mostram toques de leite
E sombras esverdeadas
Move-se ao vento
Com um ballet
Ensaiado e vistoso
Tem um volteio
Que é maravilhoso
Adoro as gardênias
Teu perfume lembra
Momentos felizes
Que um dia vivi

FALTANDO PALAVRAS

Em,28.07.11
Meu dedo corre o papel,
Na esperança de encontrar,
As palavras exatas...
Que exprimam sentimentos,
Feridos, machucados, sentidos!
Fugiu a facilidade,
De escrever que eu sinto,
Há dias eu não consigo!
Eu sinto que às vezes,
Elas estão bem pertinho,
Passam tão devagarinho,
Não sinto a presença delas!
Elas são imprescindíveis,
Pra que eu possa gritar,
O que vai em minh’cabeça,
Que se enrosca em meu peito!
Eu nem sei se é direito
delas exigir tanto assim,
parece que está faltando
aquela pimenta boa,
Que dá cheiro e apetite,
Gosto e um leve ardor,
Para eu falar do amor!
Desse que eu amo tanto,
Não são sentimentos rápidos,
É desses que ficam entranhados,
Grudam e não saem mais.
Também com essa saudade,
Que invade meu coração,
Certamente já rasgou,
Precisando de um cerzido,
Ou quem sabe um curativo,
Para que eu diga ao vivo,
A você meu amorzinho,
O tanto que eu quero você!
É sua vez meu benzinho,
De chegar bem de mansinho,
Mostrando-me então a medida,
Desse nosso bem querer!