"Deus, eu pensei que fosse Deus
E que os mares fossem meus
Como pensam os ingleses
Mel, eu pensei que fosse mel
E bebi da vida
Como bebe um marinheiro de partida, mel
Meu, eu julguei que fosse meu
O calor do corpo teu
Que incendeia meu corpo há meses
Ar, como eu precisava amar
E antes mesmo do galo cantar
Eu te neguei três vezes
Cais, ficou tão pequeno o cais
Te perdi de vista para nunca mais"
Sem os meus ontens...mal vividos, mal achados, mal amados, mal queridos...eu não teria o meu hoje, nem tampouco os meus amanhãs. O mais importante disso tudo é que eu nada mudaria! Sabem por que? porque meu HOJE nada seria...e o meu hoje é cheio de esperanças, sonhos e fantasias...muita diversão a dois e também muita poesia.
Se o meu ontem tivesse sido diferente, nós não seríamos “a gente”, estaríamos perdidos em outros hojes... esperando quem sabe, melhores amanhãs.
Por sorte, eu caminhei por uma estrada, buscando a felicidade...se são apenas momentos, eu já vivi uma porção! Se for algo mais perene, sei que nada vai mudar, ele mandou me avisar...usarei uma fórmula secreta, dessas cheias de metas, que me ensinaram acolá.
Então, não vai ter errada, cairei nos braços dele, pois há tempos nos amamos, fortalecerei os laços que no nosso ontem mais próximo, há mais de um ano atrás, entrelaçaram nós dois. Seguiremos pelas trilhas, únicas e cheias de amabilidades, afagos e muitos mimos e continuaremos plenos de felicidades... QUE VENHA 2012...VENHA VER O NOSSO HOJE!
Eu pequena! a loja enorme aos meus olhos...nunca havia visto nada igual...cores e odores me penetravam! tudo o que eu imaginara tinha lá...
Fui olhando e em minha cabeça ficando, todo aquele novo mundo... vários tipos de tecido e cores: lisos, estampados...chitas e sedas e tropical inglês e achei lindo um tecido bem bordadinho...
Uma coisa me chamou a atenção...umas caixas grandes e redondas, fora do alcance das minhas mãos...perguntei e disseram que eram chapéus!
Uma prateleira de perfumes reluzia à minha frente, para todos os gostos dos diversos clientes...uns marcantes e outros fechei o nariz de tão ruins que achei...
E as brilhantinas? Não existia mousse...de várias marcas, vidrinhos bonitos...pentes de várias cores e tipos...havia um tão fino e eu muito curiosa perguntei...Para que servem?- Para tirar piolhos meu vô respondeu... imaginei, mas não conhecia um...rs!
Continuei e subi em uma caixa de madeira, daquelas de sabão em barra...no balcão vi uma balança com reluzentes pratos, papel de embrulho a repousar sobre ele uma madeira pesada, para que eles não voassem...
Olhei assim e vi uma coisa que parecia uma cobra toda enroladinha...pois era fumo de rolo...bem próximo uma grande lata prateada com uma espécie de bomba: era querosene...
Havia uma prateleira, cheinha de lamparinas de vidro e de alumínio ou de latão... eu vi, penico de louça, brancos e estampados e também uns de ágate.
Ah!... tinha panos de coar café com uns pauzinhos engraçados...dois, um pra cada lado!
De repente vi uma prateleira com muitas e variadas latinhas... cores e formas, me agradaram...mas eram todos remédios...na cidade não existia farmácia que acho na época devia ser com “PH”! todos vinham de longe mas juro não gravei os nomes...
Enfeites pra bicicletas, desde as bombas para encher pneus, os espelhos, as buzinas, flâmulas para embelezar o melhor meio de transporte que havia por lá...
Nessa minha incursão achei vários frascos de vidros bem grandes recheados de bombons....ah! que delícia eles eram...tinha broa, tinha beiju e farinha de angu...
Queijos grandes eram vendidos inteiros... latas enormes com açúcar, feijão, farinha e arroz e a medida parecia uma caneca de lata...acho que era, sim....
Latas imensas de manteiga que era vendida à granel, segundo disse meu vô...
Sabonetes de vários tipos mas um era o sucesso da garotada que colecionava umas figuras que neles vinham...
E os cobertores... Jesus que feios! Eram chamados baetas de uma lã estranha e cinza, com uma listra vermelha... eram tão pequenos que se cobrisse os braços os pés ficavam de fora...
Não é que eu ia esquecendo de falar dos cachimbos? Uns lindos e outros feios, de barro... mas meu avô dizia...tenho que atender à todos...
Uma coisa atraiu a minha atenção...a profusão de redes de tear: lisas de algodão cru, as de xadrez e as listradas...
Bem, acho que nesse passeio vi e entendi o que meu vô fazia pois juro que antes eu não sabia...e acho que aqui não disse a metade do que ele vendia.