NOVEMBRO/2012
As palavras têm a cor e o sabor
Que o poeta lhes confere
Ao escrevê-las com cuidado
E cercadas de muito amor
São tantas e tão queridas
E lhes fazem companhias
Essa é a certeza do poeta
O restante é somente utopia
Essa é a sua mais real alegria
Noites e dias a reclamar
Passam as palavras a ficar
Por um toque ou uma escolha
E depois ocorre o retoque
Indispensável à poesia
Um verbo melhor aqui
Uma figura... acolá...
E começa então a mudar
Às vezes ele muda tudo
E o poeta quase mudo
Tenta outra vez... o som
Mas adequado ao poema
Ao qual ele persegue
e muitas vezes consegue
Não pede licença... mas mede
O que cabe com certeza
No espaço da leveza...
Afinal do que é que vale
Voar por vales e montanhas
Ir às entranhas de si...
Caminhar por sobre as nuvens
Ter um jardim só de sonhos
Conversar e brincar com os anjos
Consolidar suas ideias em papéis
Soltos e por vezes tão rotos
Se não ousar piamente acreditar
Que a alma do poeta não pode jamais calar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário