sexta-feira, 23 de novembro de 2012

DEIXE...


NOVEMBRO/2012

Deixe que eu sozinha finalmente

Consiga entender o que se passa

Que eu analise tudo calmamente

Com essa emoção que hoje em mim perpassa

 

Deixe que o rio desça da montanha

Que os fatos naturais assim ocorram

Mas que a saudade não seja tão medonha

Nem que eu me perca enquanto os outros erram

 

Deixe que a lua me veja ensandecida

E nas noites indormidas de insônia

Eu analise os fatos e que consiga

Encontrar em mim mesma a Babilônia

 

Deixa o meu poema agora só lamento

Eu a me embriagar de tanta dor

Dessa saudade que já é tormento

Que eu me esqueça que veio do amor

 

Deixe que eu viva a overdose ímpar

Herança dessa maldita solidão em mim

Quem sabe eu tente e venha a me livrar

Dela que se alastra por meu corpo assim

 

 

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