quarta-feira, 25 de julho de 2012

CHORO NA CONCHA DAS MINHAS MÃOS


Julho/2012
A lua projetava o seu azul perfil
Sobre a explícita beleza daquelas flores
Aquela varanda é como se fora um futuro ninho
No céu estrelado anjos brincavam de roda
Ninguém sabia... só nós dois porque era tudo assim
O perfume das rosas teciam um rendado de tristeza
Sinto-me só e não sei explicar...
Então me pus a sonhar o poema daquela hora
Eu choro docemente na concha das minhas mãos
Pensando como teria sido bom se tivesses me tocado
Eu te peço perdão por te amar tão loucamente
Por ser assim sensível e falar sinceramente...
E bem mansinho e de repente
Embora ache que o meu amor já se tornou há tempos
Uma cantilena sempre aos teus ouvidos
Lembro-me das horas em que fui abrigada
Pelo calor em brasa de tuas palavras
Bebendo à distância o frescor dos teus sorrisos
Mas à noite não me sinto acalentada
Nada me escreves para que eu me sinta amada
Trago agora a doçura para usá-la toda
Sobre o teu corpo que fala o que sente
E quero ainda falar do grande afeto
Que por ti eu sinto e do sentimento
Que preenche todos os recintos do meu coração
Não te trago o desespero da alma
Mas a fascinação de todas as palavras
Para que inundem os véus da tua alma
É um chamego...um apego...um transbordar de carícias
Só te peço que nunca me esqueças
Não me abandones nestas noites frias...

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