ATRAPALHAÇÃO

SETEMBRO/2012

A vida passa correndo

Eu atrás dela dizendo

Que não vivi a metade

De tudo que chamam arte

Que eu ainda estou fazendo

E fico muito ofendida

Quando o que espero da vida

Acontece com outras vidas...

Mas...o desespero é maior

Com as questões do coração

Esse nem é bom perguntar

Pois vai de mal a pior...

Sem afagos ou arrepios

Um viver muito vazio

Mas eu queria outra sorte

Talvez quem sabe outro mote

Que me levasse a você

Por isso preciso de sorte

Pois quero guardá-lo num abraço

Cheirar esse teu cangote...

Cobrir-te de todo o carinho

Um cheirinho bom de pinho

Ficar um tempo no ninho...

Parece que não dei certo

Nem no amor e nem no jogo

Amo e quero o teu socorro

Segues em frente e viras o rosto

Esperei por tanto tempo...

Que me atrapalhei todinha

Hoje há um amargor em mim

Que às vezes jogo fora...

Pelo poder das palavras

Desfio-as por sobre a linha

Dou um chute e mando embora

Parte da dor...segue e caminha

E a outra fica de fora...sou cheia de nove horas.