sábado, 11 de maio de 2013

ESTOU MORTA DE SAUDADES


MAIO/2013

Desde que chegastes as outras estações sumiram

Passastes a ser a primavera em minha vida...

Não havia um só dia sem jardim e muitas flores

Lá plantamos no meio do nosso perfeito amor

Um lindo e grande canteiro de amores tão perfeitos

Tudo tão suave e a princípio tão meio sem jeito

Sentíamos a brisa leve a nos roçar tudo sem defeito

Trocávamos lindas palavras diretas e sussurradas...

E a felicidade foi chegando sem avisar e se instalando

Só havia sentido em mim contigo me enroscando

Além de muito alegre passava os dias cantando

Pois o que antes era triste... sem sol e surrado

Mudou... abri todas as janelas para o teu verso

Fiz do teu corpo meu todo e um belo pedaço de universo

Vim agora pra implorar pra você repensar em nós dois

Não fiques assim tão longe... tua mente longe é NUNCA

Volta e desponta novamente e de vez em minha vida

Eu não aguento tocar sozinha esse nosso barco...

Sem você que é meu timoneiro nada mais é verdadeiro

Eu te amo tanto... tanto e te quero demais... tu sabes

Só um dia de ausência eu fico desassistida

Fico que é só volta e nunca ida... é desdita a maldita

Fico só a meia-vida... total e completamente perdida

Bem diferente de quando me perco em ti... num abraço

Passo a não ouvir e a não ser nunca mais ouvida

Tudo em meu ser míngua demais com a tua partida

Fico o dia todo encolhida num canto sem ida... sem vida

Parece que quanto mais velhos mais somos meninos

É um jogo que queima... dói...arde e é cheio de nós

Afirmo que encontrá-lo foi uma encruzilhada de destinos Que colocou a minha na tua alma e só assim me acalma

Mas havia uma coisa que às vezes nos afastava

Uma estrada perigosa onde nada era comedido

Estreita... cheia de curvas e com um só sentido

Hoje estou murmurante e soluçante como um rio

É que havia tanto afeto que eu achei fosse infinito

Quero ainda por um segundo tocar esse teu coração

E nesse toque sentido me certificar se fui esquecida

Quero ainda um pedaço de lua e um entrelaçar de mãos

Pois trago ainda um pouquinho de fé escondida em mim

Digo-te que o que foi vivido não deve ser esquecido...

Não há mesmo amor sozinho... dizia o poeta

E eu não aceito que não exista o amanhã

Que tanto perseguia e achei que havia conseguido.

 

 

 

 

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