quinta-feira, 16 de junho de 2011

RECORDAÇÕES


Em, 16.06.11
Íamos pela mesma calçada,
Ambos de cabeça baixa,
Demos um esbarrão de leve,
Olhamo-nos por dois segundos.
Seguimos em frente,
De vez em quando...
... eu olhava,
De quando em vez...
...ele olhava.
Seguíamos pela calçada da praça,
Não sei pra onde ele ia...
parece que me seguia,
E eu com os livros nos braços.
Meio desarrumados após aquela batida,
Sentei pra ajeitá-los no banco da praça,
Quando vi, aquele que me olhava,
Estava junto ao meu lado!
Sabes aquele olhar que não dá pra desviar?
Foi desses que ele deu-me!
Sou daquelas que ainda coro, fiquei rosada na hora,
Tal qual romã no pé apanhada.
Ele pigarreou, procurando o que dizer,
Resolvi adiantar-me, dei um sorriso e um Olá.
Com a cara deslavrada passou-me aquela cantada!
Conheço-a de algum lugar? Impossível eu respondi,
Pois acabei de chegar... aqui nessa cidade.
Depois daquele sufoco a conversa fluiu bem,
Precisava de um empurrão pra destravar a língua também...
Perguntou, onde eu morava, queria me acompanhar.
E fomos seguindo a pé, por mais de quinze quadras,
Até que eu cheguei a casa...
E aquele foi o começo,
Bem...
Foi o começo de nada.


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