O ano virou
O assunto dormiu
O junto afastou
A música calou
A cor escorreu
A pintura borrou
O sonho não sonhou
Sobraram promessas
Que o vento levou
A inverdade morreu
A rosa murchou
Restaram cinzas
Fumadas pelos cantos
Pétalas caídas
Dos momentos tantos
As juras descumpridas
Ao longo dos anos
Os acalantos, os mimos
Restou gelo derretido
Manchando a mesa
Os ecos de gargalhadas vencidas
Restou de tudo calada testemunha
A poesia
Que observou esse momento intenso
Guardou a vida, prendeu mentiras
As ditas, as malditas e as benditas
Em uma gaveta guardou o encanto
Totalmente desfeito...
Dobrou o lenço, chorou o verso
Sobre a branca página, sem um poeta a guiá-la
Agora amassada e completamente estragada
Não serve mais para nada...
-Fortaleza-
Nenhum comentário:
Postar um comentário