Do viver me chama exclama
Baixo a cabeça e intrépida
A enfrentar quem tentar me matar
Sou de Leão quando sacudo a juba
Miro o macho que pra mim caminha
Sentindo o cheiro da fêmea e da menina
Como se eu desse a senha para o aproximar
Sou de Câncer quando de doenças
Encontro-me acamada e cuja morte
Espreita-me e quase me leva...
Sou de Gêmeos um par de indecisos
Que às vezes pendem pra direita
Oras pra esquerda que quero e não quero
Que sou e não sou...
Sou Sagitário quando me mostro fraco
Quando choro e me entristeço
Volta e meia vou pro berço
Quero voltar ao conforto
Que antes eu tinha lá
Sou de Aquário quando o fastio me bate
Quando não quero comer
Quando o arrepio do chuveiro ardente
Tira-me o ar quando da água saio
Libriano sou quando o dinheiro me chega
Quando o cofre está cheio...
Escondo e não faço feio
Ninguém paga meu prato feito
Sou de Áries quando a loucura invade
Como sou capaz de fazê-las
Bem quieta pra ninguém desconfiar
Sou de Virgem quando as pernas abro
Grito num gozo danado
Oferto-lhe o sabor...
Do meu corpo e lábios
Solto um grito e um torpor me invade
Sou de Escorpião quando me ferro
Há uma mistura indizível
Do que acontece comigo
Tudo é dor tudo lateja
Eu lacrimejo...
Sou de Peixes quando saio da doçura
Absorvo o sal nosso de cada dia
Fico tensa e arredia sou pura teimosia
Minha pele é minha só fresca e tenra
Sou Capricorniano se a vida
Teima em me fazer sofrer e eu digo
Afirmo confirmo e repito
Batam mais que eu quero ver
Batam tudo logo de uma vez
Batam sim o que há de vir
Que doze vezes nasci...
...pra viver o que eu vivi
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