quarta-feira, 3 de abril de 2013

PARA NUNCA DESCARTAR


ABRIL/12013

Ao “tentar” eu diminuo a mim mesma

Eu retrocedo em tudo o que consegui

Por isso jamais me vem à cabeça

Aquilo que nem chegou à minha mesa

Faço o contrário... grito o oposto

O tentar fazer... o querer ficar

O tentar dizer... o querer amar

O fazer durar e se perpetuar

Pois não creio nesse verbo descartar

São outros verbos que eu vivo a conjugar

Com eles consigo ver o brilho em teu olhar

O sentido do ser que há em ti...benzinho

Enxergo um manhoso passarinho no ninho

Compreendo então o que te revelam as saudades

Pois elas com toda a cabível e verdadeira humildade

Pedem e imploram para nunca mais tentares

Nada em nós faz parte desse e de nenhum descarte

Que machuca e corrói esse amor obra-de-arte

Que é em nossa vida um visível estandarte

Portanto não procures jamais em outros lugares

Nem tentes nunca mais mudar de ares...

Pois o que procuras sempre esteve aqui...  dentro de ti

 

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