ABRIL/2013
A linguagem do fogo
Um dia a chama acendeu
E numa primeira faísca
Tudo em mim aconteceu
Acendeste fibra por fibra
Tudo o que eu pensava ser meu
O que era ereto se desequilibrou
Julguei tudo errado pois já era teu
De tão gostosa a formosura
Comparaste-me a uma potranca
Uma das mais queridas figuras
Que de tua mente arrancas
Deste-me um cheiro de lavanda
Que é também cheiro de amor
De repente tudo desanda...
Jorrastes o meu aroma em todas que encontrou
E no meio dessa dança
Deste-me bons momentos
Mas me vinha uma insegurança
Nas amargas horas de tormento
Sei que tensão eu sentia
Às vezes égua e noutras cavaleira
Ser mandada eu me resentia
Já no montar não havia viseira
Montei por vezes em ti
E por ti fui muito montada
Ambos fizeram emergir
Uma mulher encantada
Uma mulher-menina-flor
Que só a ti olhar ficava
Orvalhada de amor...
E querendo ser amada
Agora já não sei mais
Porque desculpas não há
Para não me buscares jamais
Acho que a hora era já...
Mas é difícil escolher
Entre um e mil quereres
Que flor tu deves colher
Só tu sabes dos prazeres
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