sexta-feira, 12 de abril de 2013

E POR FALAR EM...


ABRIL/2013

A linguagem do fogo

Um dia a chama acendeu

E numa primeira faísca

Tudo em mim aconteceu

 

Acendeste fibra por fibra

Tudo o que eu pensava ser meu

O que era ereto se desequilibrou

Julguei tudo errado pois já era teu

 

De tão gostosa a formosura

Comparaste-me a uma potranca

Uma das mais queridas figuras

Que de tua mente arrancas

 

Deste-me um cheiro de lavanda

Que é também cheiro de amor

De repente tudo desanda...

Jorrastes o meu aroma em todas que encontrou

 

 

E no meio dessa dança

Deste-me bons momentos

Mas me vinha uma insegurança

Nas amargas horas de tormento

 

Sei que tensão eu sentia

Às vezes égua e noutras cavaleira

Ser mandada eu me resentia

Já no montar não havia viseira

 

Montei por vezes em ti

E por ti fui muito montada

Ambos fizeram emergir

Uma mulher encantada

 

Uma mulher-menina-flor

Que só a ti olhar ficava

Orvalhada de amor...

E querendo ser amada

 

 

Agora já não sei mais

Porque desculpas não há

Para não me buscares jamais

Acho que a hora era já...

 

Mas é difícil escolher

Entre um e mil quereres

Que flor tu deves colher

Só tu sabes dos prazeres

 

 

 

 

 

 

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