Passei não sei quantos dias, sem saber como diria,
Aquela história tão linda, que me contaste outro dia.
No Amazonas nasceste, viveste em tuas margens!
Muito de lá tu colheste e também muito aprendeste.
Quis o destino um dia, que um piloto sozinho,
Levasse com ele embora, a cadela da cozinha!
E te trouxesses em troca, um pastor pequenininho,
Difícil ficando agora , separar-te do bichinho.
Chamo-o de Guarani, passaram a ser carne e unha,
Daí ele estava com ela a quase todo momento,
Os alegres, os mais tristes, brincando e te protegendo,
Parecia adivinhar , não era longo o seu tempo.
Deitado à tua porta todos os dias à noite,
Era a tua companhia, também tua proteção,
Velando-te o sono, ele ali permanecia, um anjo que não dormia!
Começava um outro dia, de folguedos e alegria.
Dia desses, jamais deveria existir!
A menina adoeceu de malária e pra longe foi então!
Sua dona fora embora , Guarani latindo atrás daquele avião.
Deixou de comer e beber, de tamanha solidão.
Nenhum remédio deu certo, daqueles que arrumaram,
E Guarani suspirou nos braços de quem amara,
Num lugar do Amazonas que Ariquemis se chamava,
Viveu a menina e seu cão à beira do rio MAR.
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