domingo, 22 de maio de 2011

A MENINA E SEU CÃO

Em, 20.04.2011 
Passei não sei quantos dias, sem saber como diria,

Aquela história tão linda, que me contaste outro dia.

No Amazonas nasceste, viveste em tuas margens!

Muito de lá tu colheste e também muito aprendeste.


Quis o destino um dia, que um piloto sozinho,

Levasse com ele embora, a cadela da cozinha!

E te trouxesses em troca, um pastor pequenininho,

Difícil ficando agora , separar-te do bichinho.


Chamo-o de Guarani, passaram a ser carne e unha,

Daí ele estava com ela a quase todo momento,

Os alegres, os mais tristes, brincando e te protegendo,

Parecia adivinhar , não era longo o seu tempo.


Deitado à tua porta todos os dias à noite,

Era a tua companhia, também tua proteção,

Velando-te o sono, ele ali permanecia, um anjo que não dormia!

Começava um outro dia, de folguedos e alegria.



Dia desses, jamais deveria existir!

A menina adoeceu de malária e pra longe foi então!

Sua dona fora embora , Guarani latindo atrás daquele avião.

Deixou de comer e beber, de tamanha solidão.


Nenhum remédio deu certo, daqueles que arrumaram,

E Guarani suspirou nos braços de quem amara,

Num lugar do Amazonas que Ariquemis se chamava,

Viveu a menina e seu cão à beira do rio MAR.

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