sábado, 21 de maio de 2011

O CASARÃO

Em, 10.03.2011
Poeira, bolor e teias
Janelas desgastadas ,
Portas rangendo e molhos de chaves
Nada demais, se isso não fosse
A decrepitude de uma elite
Que ata e desata mas tenta manter os elos

Do quarto caminhava descalça
Um desses elos, hoje, enferrujados.
Uma menina de cabelos ruivos
Caminhando a passos leves e largos

Procurava vida naquele mausoléu
Tudo quieto, tudo mudo,
Trêmula ouviu um som abafado,
Vindo da inóspita cozinha,
Onde parecia que o todo
Ali se mantivera intacto

Perto da porta que rangia
Parou e suspirou,
Não era medo, era pavor!
Duas lágrimas rolaram
Por ser tão criança e viver
Nesse terror!


                             

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