Em, 15.04.12
No meu ir
e vir escolar
Passava
por duas vezes
Embaixo daqueles
frondosos
Pés de
“Fícus”... uma lindeza
Verdinhos
que davam gosto
Numa
avenida bucólica
Onde eu
encontrava
Na volta
do colégio para casa
Dezenas
de cadeiras nas calçadas
Era um costume
da época...
Houve um
tempo em que a praga
Quase
acaba com os tão belos Fícus
Um
besouro com a alcunha de “Lacerdinha”
Que se
entrasse nos olhos
Pense num
ardor grande... era ir direto
Para o
oculista... tirar o bichinho mortinho
Mas que
incomodava um tantão
As folhas
eram abundantes e com a mesma
Intensidade
forravam de verde
Como se
fossem um tapete... aquelas largas calçadas
No
finalzinho da tarde já começavam a chegar
Os casais
de namorados para ali se agarrar
Iam logo
se encostando naqueles que julgavam
Sua propriedade...
pelo menos era o que eles achavam
E
trocavam mil carícias... devia ser muito bom
Um
respirar afogueado que eu percebia ao passar
Certa vez
fiquei pensando... que seria salutar
Um banco
aqui outro acolá... pros bichinhos namorar
Deitar-se-iam
para olhar o luar... de forma bem confortável
Esses
luares assim... Deveriam ser privilégio dos apaixonados
Olhariam
com ardor aquele céu estrelado
Parecia
um rendilhado bordado com estrelas de várias cores...
E bem
cedinho mal o sol abria os olhos
Começava
sem parar o trabalho dos garis
Iam
passando e varrendo... varrendo e passando
E numa
fração de um momento... eles nem tomavam tento
Varriam
sem intenção alguma aquele que era o seu próprio passar
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