Sou
hoje uma flor fenecendo
Não
regada... cheia de espinhos
Canteiro
cheio de ervas daninha
Foi-se
a maciez das minhas pétalas
Não
sinto mais o deslizar das gotas de orvalho
Estou
tórrida a morrer sob o sol inclemente
Bem
que eu poderia ser líquida... problema resolvido
Mas...
ninguém faz ou é o que quer a qualquer hora
Sinto-me
despida, pois não tenho folhas...
Que
me socorram da nudez da alma... essa é a pior e não se acalma...
Essa
a expõe a todos os do bem e os dos mal... não é normal
Tenho
hoje motivos pra chorar... minha alma sentida está
Não
se brinca assim com um amor que se aplica pra melhor servir
Hoje
mesmo sou a apagada sombra do que fui...
Uma
bichinha torta em busca de luz....em direção ao sol
Há
uma tentativa de sobrevivência das minhas raízes ao se aprofundar... buscando
água...para que de vez eu não sufoque....sem adubo...sem amor ... sem nada!
Largada!
Assim
nessa jornada... me vejo dobrada...esmagada... enrugada e triste...
Desejando
o fim dos maus momentos...um alento
Uma
mão querida a arrancar-me do inferno pelas raízes
Para
me replantar em um vaso e me cuidar...
Deixar-me
novamente aquela flor viçosa e perfumada... dengosa, sestrosa...a rainha
daquele jardim!
Com
todas as cores da sua caixa de giz de cera
Deixando-me
bem branquinha e me tirando da poeira
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