terça-feira, 16 de agosto de 2011

A CASA CHEIA DE AMOR

Em,16.08.11
Era uma casa pequena,
Rodeada de varandas,
Toda pintadinha de branco,
Com telhado vermelho,
Janelas de um verde escuro.
Muitos vasos com palmeiras,
Infinitas cortinas brancas,
Que balançavam ao vento!
Eram de renda portuguesa,
Que ela herdara da avó...
Tinha marquesa na sala,
A cama era marchetada
Com pássaros e lindas paisagens!
Uma colcha de renda branquinha,
Muitos quadros da família,
Completavam o ambiente bucólico,
Daquela casa encantada...
Olhando em frente,
Um marzão esverdeado,
Entre jade e esmeralda,
Dava uma sensação de paz!
Inúmeros coqueiros na frente,
Todos bem carregadinhos,
Que dava até gosto ver!
O farfalhar das folhas...
Era um espetáculo à parte,
Na hora do entardecer,
Não dava nem para crer.
Muitas portas e janelas,
Deixavam-na ventilada,
Por onde a brisa entrava,
Sem nunca pedir licença!
Várias redes armadas,
Tornava mais aconchegante,
Aquele lindo lugar...
Que de luxo nada tinha,
Era só prazeroso ficar!
Pena que ela só ia lá,
Apenas uma vez ao ano,
Para matar as saudades.
Na parte de trás da casa,
Um jardim que era um primor,
Atraia beija-flores e pássaros cantores!
Parecia um céu na terra...
Pra completar tudo isso,
Certamente o mais importante,
Ao longe ela via chegar,
Seu companheiro de vida,
Que adorava o lugar,
Se pudessem moravam lá!
Amavam-se sem restrições
Aquele amor era tudo!
Acarinhavam-se
Queriam-se
Gostavam-se
Não eram mais dois, eram UM!
Não pensavam no singular,
tudo era no plural...
Os dois já haviam tido,
Outros companheiros,
No entanto era aquele,
Que era o amor verdadeiro!
Conheceram-se há pouco tempo,
Porém como amor de outono,
Não deviam esperar muito...
Sentiram que era urgente!
Aquele amor diferente,
Ficaram então lado a lado.
Essa decisão custou-lhes,
Muita indecisão, sofrimento,
Tristeza e aflição...
Podia lhes faltar tempo,
Mas paciência não...
Era a presença um do outro,
Que dava sentido à vida.
Naquela casa pequena,
Quase pequena demais,
Pra caber esse amor todo
Que fluía e era capaz...
De exigir deles esforços,
Muitas vezes sacrifícios
Mas nada era difícil
Pois se amavam demais.

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