segunda-feira, 15 de agosto de 2011

UMA TAL GRAMÁTICA

Em, 15.08.11
Em certo lugar de uma gramática
Definia que substantivo CONCRETO é
Aquilo que indica coisa ou pessoa:
Antônio, toalha, viola, Maria,
Cadeira, mesa, caneta, esquadria...
Prefiro pessoas às coisas!
São sempre mais ricas,
Sempre mais loucas,
Pagam mico,
Levam a vida numa boa...
Universos se expandindo,
Outros universos murchando,
Alguns nem ficam nem andam,
Têm os mais ou menos parados...
Todos têm a beleza,
De todos os seres pensantes,
Sonham, amam, choram,
Gritam, trabalham e se iludem!
Seres imperfeitos somos,
Pois ninguém nos mudará!
Aprendemos a cada dia,
Pra no mesmo dia errar!
Já as coisas...
Descartáveis são,
Luxo ou necessidades
Não fazem parte das saudades,
Algumas penam nas dificuldades!
As coisas devem ser usadas,
Quando envelhecidas, quebradas, rachadas,
Sem mais serventia alguma,
Devem ser jogadas fora,
Para serem depois recicladas,
Virarem novamente coisas,
Não as mesmas, mas outras,
Certamente!
Mas, interessantes, pulsantes,
São os adjetivos...
Pois são até meio mágicos,
Subsistem independente das coisas,
Alguns se formam,
Em nossas mentes somente!
Dão asas aos nossos pensamentos,
Que os enxergam como se os vissem,
Como se coisas fossem...
Ferro, vermelho, verde, flor,
Bonito, feio, borrifador,
Macio, áspero, duro ou mole...
Toda língua rica, exala adjetivos,
Uns feios outros bonitos, mas sempre ricos!
Permite que falando ou escrevendo,
Cresçam, apareçam,
Sejam usados em abundância,
Em excesso
Sem parcimônia...
É divertido pensar
nessa inversão ocorrendo!
Porém o substantivo só sustenta-se,
ao lado de um adjetivo imponente.

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