sexta-feira, 12 de agosto de 2011

FAZER

Em,12.08.11
Gosto muito das palavras.
Mexidas em vão não devem ser,
Só porque não temos ocupação,
Elas não falam sozinhas!
Nós as pusemos na mente,
Na boca, no mundo!
Lembrem, as palavras
não têm culpa jamais,
Das nossas indecisões,
De usar essa ou aquela...
Do meu menos ou do meu mais,
Nem da minha parte inteira,
E nem mesmo da minha metade,
Com elas não se brinca impunemente!
Pois elas respondem prontamente,
Fugindo da nossa mente,
Que têm portas e janelas...
Têm um ritmo que é só delas...
Se as usamos para poemar
Faz-se com rosa, com mar,
Com fatos, fotos, fetos
Com sal, céu, cio, sol
E lua...
Principalmente devo dizer,
Com a nossa transpiração,
não é só inspiração!
Usa-se troça, bossa, fossa,
amor, dor, olor,
Com guerra, com paz...
Com doce, ternura e foice,
Com mel, com fel, com papel,
Será, que a fazemos?
Ou é ela que nos faz?
Poesia às vezes arde, amarga,
Dói e noutras mente!
Faz-se poesia com luxo, com lixo,
Com dó ou impiedade,
Com aquilo que dá saudade,
Com o que está escondido em nós!
Teima em sair e sai...
Faz-se mais escrachada, mais tímida,
Mais sensual, mais erótica,
Pornográfica, cinematográfica,
Faz-se com tudo ou com nada!
Faz-se poesia assim ou assada,
Com versos crus ou mal passados,
Enfim, faz-se com o que se tem...
Faz-se com rimas ou sem...
Do jeito que ficar bem
E à poetisa convém!

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