Fiz um pacto com a poesia,
Ela, que eu quase não conhecia,
Mas, eu precisava dela,
Acho que ela sabia!Com ela e por ela,
Consegui me abrir,
Sair do casulo, da concha,
E dizer o ocluso, o profundo,
Sair pro mundo, emergir!
Eu tentei e consegui com a poesia,
O que eu não me permitia...
Libertar-me de mim mesma,
Não ter medo de mais nada,
Nem de morte anunciada.
Deu-se então o conviver,
Passei a vivenciar,
Coisas do meu sonhar
Algo me levou no ar.
Poeira escondida e guardada,
Lá dentro da minha alma,
Precisava uma faxina,
Necessária uma escovada.
Hoje já não tenho mais,
Receio algum de criar,
Nenhum medo de amar,
Nem também de me entregar.
Entreguei-me a um menino,
Dei-lhe a alma,o coração e o corpo,
Ele alegra o meu viver,
Não sei o que é sofrer.
Procuro também me amar,
Conhecer-me sempre e mais,
Para que eu possa crescer,
Com o amor que ele me dá.
Não posso me assustar,
Com qualquer coisa que haja,
Meu anjo não se afasta,
E está comigo a rezar!
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