Em, 26.07.11.Têm muitos fatos
Por detrás das fotos
e tantas fotos
bem atrás dos fatos.
Em minha casa...
Fotos sempre foram gênero
de primeira necessidade!
Hoje eu as escaneio para a posteridade!
Pondo-as na virtualidade,
Salvando-as externamente
Para que nunca se percam.
Lembrei-me de uma novela
Em que cada mergulho...
Era um flash!
Em determinados dias,
Nem sempre aqueles de festa,
Vinha um profissional,
Clicar toda a meninada.
Em minha casa é complicado,
mas vou tentar explicar.
Dois irmãos com duas irmãs
casam e têm um casal de filhos cada.
Sendo todos os quatro criados,
juntos na mesma casa.
Uns chamando sua própria mãe de mãe,
E as tias de “Dedê” e “Outra mamãe”.
Hoje, com quarenta e pouco importa,
Os da minha tia,
Chamam ainda a minha mãe de “outra mamãe”!
Eu a mais velha de todos,
Sempre muito “espilicute”
Posava que era uma beleza...
Era um dia de alegria,
Com tantas fotos batidas,
Poses o dia inteiro...
Tenho uma relação afetiva,
com todas as antigas
fotos de família!
Gosto de tocá-las,
Fechar os olhos e imaginar o dia!
Detesto aquelas que tiravam,
de mortos em um caixão...
parecem assombração
não gosto delas não!
Mas as de casamentos, batizados,
formaturas, quinze anos...
que belezuras de chapéus e luvas!
São tantas as criaturas,
Que pergunto à minha mãe!
Ela diz, essa veio de Recife, essas aqui do Rio,
Essas quatro de Brasília...
Eu digo, não: diga-me só os nomes,
Quero anotá-los atrás.
No dia em que eu morrer,
A memória vai comigo,
E vocês ficam sem rumo,
Sem nem saber dos parentes,
Que já tiveram no mundo!
Às vezes pergunto,
pois o fato acontecido,
que o liga àquela foto,
ao acontecer pegou-me
ainda muito pequena!
Mamãe,
onde está aquele que tocava gaita?
E o do bandolim, morreu?
O que tinha um violão...
Não passe perto dele não, menina!
E eu doidinha, doidinha...
Para passar a mão e acariciá-lo,
Eu juro, quebraria ele não!
São estes os fatos que não estão nas fotos,
E temos que relembrá-los,
Para poder colocá-los,
Bem no contexto das fotos.
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