domingo, 10 de julho de 2011

ELE, EU E O VIOLÃO

Em, 09.07.11
Tiro-o da sacola que o protege,
Até de mim, às vezes...
Passo-lhe a flanela,
Olho o meu rosto
em teu bojo,
Aliso o teu pescoço,
Pego o diapasão,
Faço-lhe uma afinação...
Deixo-o no ponto,
Uma danação, meu irmão!
Dedilho essas cordas frias,
Para aquecê-las primeiro,
Abraço-o junto ao peito,
Pertinho do coração,
E penso numa canção...
Lembrei-me de “Carinhoso”,
Pois é isso que tu és!
Passo pras cordas o calor,
Que vem do corpo que é meu,
Canto bem suavemente,
O amor que normalmente,
Mantenho bem guardado,
No coração e na mente.
Amor que é sabor, é cor, é ternura,
É pureza, é ardor, é loucura...
Então canto, canto outras vezes mais,
Fazendo carinho pra ele,
Que sempre me quer demais,
O meu amorzinho dorme,
Ouvindo o meu cantar...
Pois eu canto o meu carinho,
Pra ele e pra ninguém mais!

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