quarta-feira, 6 de julho de 2011

DESPERTAR

Em, 06.07.11.
Debaixo do cajueiro,
Vi-te a primeira vez!
Bem defronte ao colégio,
Parecia sortilégio,
Todas as tardes te via!
Olhavas-me de soslaio!
Eu era toda sestrosa,
Com ares de bem dengosa,
Mas de um jeito mimoso.
Eu era uma menina moça,
Era quase uma flor,
Mas ainda um botão de rosa.
Éramos adolescentes!
Eu num colégio de freiras,
Militar querias ser,
E uma irmã que estudava,
Na mesma classe que eu.
Preciosos os momentos,
Troca de olhar inocente,
Ríamos de tão contentes,
Só por vermos um ao outro.
Nunca uma palavra trocada,
Nenhum beijo foi roubado,
Despertar da juventude,
Era um fogo atiçado!
Só sei que muito depois,
Tive uma imensa surpresa!
Pois quando cheguei pertinho,
Do cajueiro encantado,
Não é que no velho tronco,
Havia ele gravado,
O meu e o nome dele!

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