sábado, 9 de julho de 2011

NINGUÉM ESQUECE

Em, 09.07.11.
Enfim chegou...
O tão almejado dia,
Ao comércio eu iria,
Meu sonho concretizar.
Tratava-se de algo,
Que as minha amigas tinham,
Todas...
Sem exceção.
Mostravam-me, possuíam!
E me dava comichão,
Porque eu não tinha não!
Mas, eu teria que tê-lo,
O mais rápido possível,
Era até bem previsível!
Quando decidiram dar-me,
Até a cor escolhi...
Com grande antecipação,
Ficaria encabulada,
Em discutir tal questão,
Ali, no meio da loja,
Com a pessoa da seção!
Decidi: eu só quero se for ROSA!
ROSA BEBÊ e não um rosa qualquer.
Eu vinha rezando todos os santos dias,
Para os meus seios crescerem,
Para usar “soutien”.
Eu era a mais nova da classe,
Era a única que não tinha,
A tal preciosa peça!
Tomei banho, pus lavanda,
Fomos lá fazer a compra,
Uma verdadeira lambança!
Depois de experimentar,
Tudo o que tinha por lá,
Mais fino, rendado e bonito,
Tive que me conformar,
Com um de nome até constrangedor,
Eu, a MOÇA MENINA,
Tive então que levar,
Um pra MENINA MOÇA,
O menor que tinha lá.
Minha autoestima desceu,
Uma lágrima escorreu,
E eu voltei para casa,
Com aquele artigo comprado,
Totalmente diferente,
Do que eu havia sonhado.



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